quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Receita dos serviços cresce 4,6% em julho

Por Matheus Fagundes Siqueira
"Em julho, o setor de serviços registrou no Brasil um crescimento nominal de 4,6% na comparação com igual mês do ano anterior, inferior às taxas observadas em junho (5,8%) e maio (6,6%). Este resultado é o menor desde o início da série. Os serviços prestados às famílias registraram crescimento de 5,4%; os serviços de informação e comunicação, de 2,1%; os serviços profissionais, administrativos e complementares, de 7,0%; transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio, de 4,6%; e outros serviços, de 8,3%. O crescimento nominal acumulado no ano e o acumulado em 12 meses foram 7,0% e 7,6% respectivamente, também as menores taxas na série."
A Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), produz índices nominais de receita bruta divididos em quatro tipos principais: mês frente ao mês do ano anterior, acumulado no ano, acumulado em 12 meses e índice base fixa comparado à 2011. A última foi divulgada nesta terça-feira (16/09/2014)
"A principal contribuição no resultado do mês de julho foi a de serviços de informação e comunicação, que variou 2,1%, contra 5,7% em junho e 4,4% em maio. O segundo maior impacto foi registrado pelos transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio, que apresentou variação de 4,6% em julho, enquanto em junho foi de 4,7% e em maio de 7,5%."
 Dentro de transportes, o setor cuja receita mais avançou em julho ante julho de 2013 foi o de armazenagem, serviços auxiliares e correios (8,5%). Ficaram abaixo da média o transporte terrestre (4,3%) e o transporte aquaviário (2,3%). No transporte aéreo, houve queda nominal de 2,5% na receita do setor.

Nos serviços prestados às famílias, essa desaceleração foi ainda mais intensa. A receita nominal avançou 5,4% em julho, após alta de 11,1% em junho, também em relação a igual mês de 2013.

Os serviços profissionais, administrativos e complementares apresentaram crescimento de 7,0%, contra 7,3% em junho e 7,8% em maio. Em termos acumulados, os resultados foram de 7,7% para os sete primeiros meses do ano e de 7,8% para os últimos 12 meses. Os serviços técnico-profissionais, que abrangem os serviços intensivos em conhecimento, variaram 4,8%, e os serviços administrativos e complementares, que englobam os serviços intensivos em mão-de-obra, 7,8%. Com uma contribuição relativa de 32,6%, esse segmento participou, em termos absolutos, com 1,5 p.p. na formação do índice geral.

 Variação mês/mês ano anterior por Estado:
Das 27 unidades da federação, 19 apresentaram variação positiva na comparação com julho de 2013. Os destaques foram: Distrito Federal (20,1%), Santa Catarina (8,8%) e Rio de Janeiro, com 8,5%. As maiores variações nominais negativas foram em: Espírito Santo (-6,4%), Roraima (-5,8%) e Amapá, com -4,6%.


"Os serviços são reflexo principalmente da demanda empresarial e são dependentes da indústria e do comércio, que vêm mostrando menor dinamismo nos últimos meses. A atividade de serviços sentiu maior impacto da conjuntura mais desfavorável", explicou Juliana Paiva Vasconcellos, gerente da Coordenação de Serviços e Comércio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com a gerente os feriados da Copa do Mundo, a diminuição do consumo das famílias, o menor dinamismo do comércio e da indústria contribuíram para a desaceleração.
"O setor de transporte aéreo foi um dos mais afetados, com a queda do turismo de negócios. Os empresários ficaram esperando a Copa acabar para retomar o ritmo", disse Juliana.
"Se alguém está com dívidas, menor acesso a crédito e renda crescendo menos, é natural que segure os gastos com restaurantes, por exemplo, entre outros serviços", observou Juliana, ao explicar a diminuição no ritmo de consumo das famílias.

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